"Longe é um lugar perto que se chega com paciência."
(Fábio Ibrahim El Khoury)

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A essência do controle é a repressão




A essência do controle é a repressão.


A essência do controle é a repressão. O puro olhar põe fim a toda forma de repressão; ver é infinitamente mais sutil do que o mero controle. O controle é comparativamente fácil, não precisa de muita compreensão; adaptar-se a um padrão, obediência a uma autoridade estabelecida, medo de não fazer a coisa certa, da tradição, o impulso para o sucesso, estas são as coisas que provocam repressão do que é ou a sublimação do que é. O puro ato de ver o fato, qualquer que seja o fato, traz sua própria compreensão e daí, a mutação acontece.

- J. Krishnamurti Krishnamurti s Notebook Part 7

Por que a pessoa deveria meditar?


 


Por que a pessoa deveria meditar?

O que é meditação? Por que se deveria meditar? Para descobrir isso, pare de meditar. Para descobrir o que é verdadeira meditação, não sua ou minha, seu tipo ou meu tipo, ou o tipo de X, mas o que é meditação, para descobrir você não pode se prender a uma espécie de meditação que você tem e então examinar. Isso é como um burro amarrado num poste. Então você tem que estar livre para examinar. Primeiro a pessoa pode ver claramente que apenas uma mente muito, muito quieta pode observar precisamente. Só uma mente quieta pode observar precisamente, não uma mente perturbada. Assim, uma mente quieta é absolutamente necessária para observar. Mas se você diz, “Ah, mas como vou ter tal mente quieta?” Então você está buscando um sistema, um método, você vai atrás de alguém que você pensa que tem uma mente quieta, e pergunta a ele, “Por favor, me diga o que fazer”. E assim, você está preso na armadilha porque ele lhe dirá e você vai praticar – se for bastante tolo. Mas você vê a importância de ter uma mente absolutamente quieta. Uma mente que não tem problema.

- J. Krishnamurti Bombay 4th Public Talk 31st January 1979

Encare o fato e veja o que acontece


 

 
Encare o fato e veja o que acontece

Todos nós tivemos experiências de tremenda solidão, onde livros, religião, tudo passou e ficamos tremendamente, interiormente sós, vazios. A maioria de nós não pode encarar esse vazio, essa solidão, e fugimos dela. A dependência é uma das coisas para onde corremos, dependemos porque nós não conseguimos ficar sós conosco mesmos. Temos que ter o rádio ou livros ou conversa, o tagarelar incessante sobre uma coisa ou outra, sobre arte e cultura. Assim nós chegamos nesse ponto em que sabemos que existe este extraordinário sentido de autoisolamento. Podemos ter um emprego muito bom, trabalhar furiosamente, escrever livros, mas interiormente há este tremendo vácuo. Queremos preencher isso e a dependência é um dos meios. Usamos dependência, diversão, trabalho na igreja, religiões, bebida, mulheres, uma dúzia de coisas para encher, encobrir isto. Se virmos que é absolutamente fútil tentar encobrir isto, completamente fútil, não verbalmente, não com convicção e, portanto, concordância e determinação, mas se virmos o total absurdo disto, então estamos frente a um fato. Não é uma questão de como se livrar da dependência; isso não é um fato; isso é apenas uma reação a um fato. Por que eu não encaro o fato e vejo o que acontece? Agora surge então o problema do observador e do observado. O observador diz, “Eu sou vazio; não gosto disso” e foge disto. O observador diz, “Eu sou diferente do vazio”. Mas o observador é o vazio; não é o vazio visto por um observador. O observador é o observado. Há uma tremenda revolução no pensar, no sentir, quando isso acontece.

- J. Krishnamurti, The Book of Life

O pensador é o pensamento


 

O pensador é o pensamento


Não é necessário compreender o pensador, o autor, o ator, já que seu pensamento, sua ação não pode ser separada dele? O pensador é o pensamento, a ação é o autor. O pensador é revelado em seu pensamento. O pensador, através de suas ações, cria sua própria miséria, sua ignorância, sua luta. O pintor pinta este quadro de felicidade efêmera, de sofrimento, de confusão. Por que ele produz este quadro doloroso? Certamente, este é o problema que deve ser estudado, compreendido, dissolvido. Por que o pensador pensa seus pensamentos, de onde fluem todas as suas ações? Este é o muro de pedra contra o qual você vem batendo sua cabeça, não é? Se o pensador puder transcender a si mesmo, então todo o conflito cessará: e para transcender ele deve conhecer a si mesmo. O que é conhecido e compreendido, o que é realizado e completado não se repete. É a repetição que dá continuidade ao pensador.

- Krishnamurti, J. Krishnamurti, The Book of Life

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